Tema: Nas asas do presságio, Marvila relembra a tradição!
Madrinha: Luciana Abreu | Padrinho: Matay
Inspira-se no presságio, um sinal que anuncia um acontecimento futuro, um prenúncio ou agoiro, que poderá ser bom ou menos bom. Sinónimo de intuição e pressentimento que está presente na raiz da cultura de norte a sul do nosso país, tal como o destino ou " fado".
Hoje o presságio tem uma conotação principalmente mais negativa do que positiva. Deste modo, incluímos os Corvos (símbolo da cidade de Lisboa) no nosso tema, também eles representantes de presságios. No passado, na Grécia antiga, os corvos eram, de facto, considerados um bom presságio (sinal de futuras vitórias, coisas boas). Presentemente na nossa cultura popular são maioritariamente considerados como arautos da desgraça.
O tema "Nas asas do presságio, Marvila relembra a tradição", transporta-nos também ao universo das antigas ordens de cavalaria e confrarias (romeiros e outras) homenageando-os, assim como, prestando homenagem à tradição cristã que se enquadra no conceito das festas de Lisboa que tem como padroeiro o nosso Santo António.
Abrange a ligação entre o povo português e os elementos naturais, o sol, a terra, o céu e mar/rio, de onde originam os sinais.
Hoje, 850 anos depois, honramos o momento histórico da chegada da barca de São Vicente acompanhada pelos seus dois corvos num dos canais do rio Tejo, ele que se torna o padroeiro "esquecido" da cidade de Lisboa. Criando assim uma ligação entre este acontecimento e o nosso tema.